Liberação de gás carbônico amplia aquecimento global
No Brasil, queimadas são principal contribuição para agravar problema
No Brasil, queimadas são principal contribuição para agravar problema
Uma
das atitudes mais danosas que o homem tem tomado para agravar o
problema do aquecimento global é, sem dúvida, a queima de
hidrocarbonetos, liberando CO2 – o gás carbônico. A responsabilidade das
indústrias, sobretudo a partir de 1850 (advento da Revolução
Industrial) é grande neste quesito, com um aumento de 36% na
concentração de CO2, segundo o professor Jefferson Cardia Simões, do
Núcleo de Pesquisas Antárticas e Climáticas (Nupac), da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Os produtos e processos industriais utilizam derivados do petróleo (combustível fóssil), como a gasolina nos carros e em outros meios de transporte. Gases não-naturais que têm ação no efeito estufa, como é o caso do CFCs (clorofluorcarbonetos) – largamente utilizados na refrigeração e em aerossóis no século passado – também são resultado da atividade industrial. A geração de energia é outro fator a ser considerado, como lembra o professor do Nupac. Merece destaque o papel das termelétricas, que funcionam à base de carvão. As queimadas para "limpar" o terreno na agricultura também liberam CO2. Para o pesquisador José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), são justamente as queimadas a maior contribuição do Brasil para agravar o problema do aquecimento global, em que o país teria uma participação de cerca de 3%. O professor Cardia Simões lamenta que, além de toda carga negativa que esse dado já traz em si, sequer sugere que o país esteja passando por uma rápida industrialização, como no caso das nações asiáticas. Quanto ao metano, o cultivo de arroz alagado e a pecuária ruminante têm participação no aumento desse gás na atmosfera. Outra fonte importante na liberação do CH4 é a decomposição de matéria vegetal, como no caso de árvores mortas pelo desmatamento ou pelo significativo aumento na produção de lixo. |
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