terça-feira, 19 de novembro de 2019

ESPERMATOGÊNESE




Espermatogênese é a formação do gameta masculino, isto é, o espermatozoide.

A Espermatogênese ocorre no saco escrotal masculino. Dentro desse saco escrotal, há o testículo e dentro do testículo há o túbulo seminífero. O processo de formação dos espermatozoides ocorre no túbulo seminífero numa temperatura de 34°C.

Dentro do tubo seminífero, existem células que se dividem por meiose pra formar o espermatozoide.

A célula Espermatogônia pode ser do tipo A (células tronco) ou do tipo B (espermatócitos primários), sendo que as células do tipo são as células que vão formar os espermatozoides. Essa célula começa o processo de transformação como uma célula diplóide, isto é, com 46 cromossomos.

A célula espermatogônia quando evolui, sem divisão celular, ela mantém os 46 cromossomos, porém o seu nome muda para espermatócito primário. O fato da espermatogônia evoluir para espermatócito primário sem divisão celular é para que ela armazene energia para poder fazer a Meiose.

A Meiose 1 é iniciada pelo espermatócito primário e quando isso acontece o espermatócito primário irá formar duas novas células haplóides (n), ou seja, cada célula com 23 cromossomos. Essas duas células recebem um novo nome, que é: Espermatócito Secundário.

Feito isso, o espermatócito secundário é quem tem o dever de fazer a Meiose 2, a partir daí se formam agora quatro novas células e que também recebem um novo nome: são as ESPERMÁTIDES (n). E esse processo, do espermatócito secundário para as espermátides recebe o nome de Maturação.

As espermátides que formam os espermatozoides, e sua formação ocorre no processo chamado de ESPERMIOGÊNESE.
A espermiogênese, também conhecida como a fase final da produção dos espermatozoides possui três etapas.

O Complexo de Golgi [onde são transformados e armazenados as proteínas e outras substâncias] será bem desenvolvido, isto é, bastante intensificação das proteínas e de um lado da célula haverá vários grânulos acrossómicos [estrutura eletrodensa]. Os grânulos, então a partir desse momento, fundem-se, formando um só. Além disso, os centríolos vão para a parte OPOSTA de onde os grânulos se uniram. Os centríolos é que formam o flagelo do espermatozoide,

Nesta etapa, a célula já se encontra em sua forma um pouco mais direcionada para a forma de um espermatozoide. Nesta fase, o grânulo irá para a parte mais anterior ao núcleo, mais direcionada, quase na diagonal para que então se forme o acrossomo [é o acrossomo que, no momento da fecundação, ultrapassa a corona radiata].

Do lado oposto, o centríolo começa a aumentar ainda mais a formação do flagelo  que permite ao espermatozoide a locomoção.

Fase final, onde o espermatozoide está pronto. Com o acrossomo bem anterior ao núcleo. Assim, ele também é desprendido do citoplasma que depois será fagocitado [ingerir ou englobar partículas ou células]. Na posição intermediária do espermatozoide [o pescoço do espermatozoide] há mitocôndrias que são importantes para dar energia para o flagelo se locomover.

domingo, 17 de novembro de 2019

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE QUÍMICA 3



O átomo é unidade básica da matéria. Seu nome é de origem grega e significa “indivisível”, porque a ideia inicial, proposta pelos gregos e indianos, era de que ele seria a menor partícula da matéria e não poderia ser fracionado em partes menores.

Hoje, o modelo de átomo amplamente aceito é o do físico dinamarquês Niels Bohr, que reúne parte das ideias de Ernest Rutherford, físico e químico neozelandês. Ele diz que o átomo é composto por um núcleo com carga positiva e que, em seu redor, partículas com cargas negativas, chamadas de elétrons, giram em órbitas com diferentes níveis energéticos.

Núcleo
O modelo atômico de Bohr nos explica que todos os diferentes tipos de átomo têm a mesma estrutura básica. A parte central é chamada de núcleo atômico, composto por:
- prótons, partículas com carga positiva com massa aproximada de 1.837 vezes a massa do elétron;
- nêutrons, partículas neutras (ou seja, sem carga positiva e nem negativa) e com massa pouco maior que a dos prótons.

Eletrosfera
A eletrosfera é uma região ao redor do núcleo na qual os elétrons orbitam. Ela é dividida em sete camadas identificadas por letras nomeadas de K a Q, da mais próxima até a mais distante do núcleo. Elas têm diferentes níveis energéticos crescentes conforme se afastam do núcleo. O elétron é a partícula subatômica mais leve (por isso a massa dele é considerada nula, praticamente zero), com carga negativa. Nos átomos neutros, o número de elétrons é igual ao número de prótons.

Cada camada comporta um número máximo de elétrons, conforme a distribuição abaixo:
camada K — 2 elétrons;
camada L — 8 elétrons;
camada M — 18 elétrons;
camada N — 32 elétrons;
camada O — 32 elétrons;
camada P — 18 elétrons;
camada Q — 8 elétrons.

Elemento químico
Os elementos químicos são agrupamentos de átomos com o mesmo número de prótons. Eles são os constituintes mais básicos de todas as substâncias.

Número atômico
O número atômico é representado pela letra Z e indica a quantidade de prótons que aquele átomo tem. É ele quem define a posição de cada elemento na tabela periódica.

Número de massa
A massa atômica é representada pela letra A. Ela calcula a massa total do átomo, que é dada pela soma das massas dos prótons com a dos nêutrons, já que o elétron é tão levinho que o peso dele é irrisório, ou seja, não influencia na massa total do átomo.

Isótopos
São átomos com mesmo número de prótons (Z). Nesse caso, seu número de massa (N) é diferente, por terem mais ou menos nêutrons. 

Isóbaros
Os isóbaros são elementos químicos diferentes, mas com mesmo número de massa (N).

Isótonos
Os isótonos têm mesmo número de nêutrons, com número atômico diferente (Z).

sábado, 16 de novembro de 2019

PIRÂMIDES ECOLÓGICAS



PIRÂMIDES DE NÚMEROS
Representa a quantidade de organismos vivos em um nível trófico. Esse número demonstra quantos indivíduos são necessários para alimentar um outro nível. À medida que os níveis vão aumentando, o número de indivíduos pode diminuir ou aumentar, dependendo das características dos organismos envolvidos.
Quando a cadeia alimentar envolve a participação de organismos pequenos ou parasitas, os últimos níveis tróficos são mais numerosos; a pirâmide de números, então, fica invertida.

PIRÂMIDES DE BIOMASSA
Representa a quantidade de matéria orgânica presente nos seres vivos de um nível trófico desidratada. Isso implica dizer que a água e os sais minerais, por exemplo, não fazem parte dessa representação.

PIRÂMIDES DE ENERGIA
Representa a produtividade de um ecossistema, ou seja, a quantidade de energia que cada nível trófico possui.

Magnificação Trófica
Um dos mais sérios problemas atuais é o constante acúmulo, no ambiente, de subprodutos de indústrias químicas, como chumbo e mercúrio, e de moléculas sintéticas, como plásticos, detergentes e inseticidas. Esses produtos não podem ser decompostos pela maioria dos organismos que não possuem enzimas capazes de destruí-los ou oxidá-los. Em outras palavras, esses compostos não são biodegradáveis e, aos poucos, vão se acumulando no ambiente.
Quando ingeridos pelos seres vivos, tendem a se concentrar ao longo das cadeias alimentares porque não participam do metabolismo e sua eliminação é difícil. Consequentemente, os organismos dos últimos níveis tróficos acabam absorvendo doses altas dessas substâncias prejudiciais à saúde. Esse fenômeno é conhecido como magnificação trófica.

CADEIA E TEIA ALIMENTAR



Grupos de organismos que apresentam tipo semelhante de nutrição constituem um nível trófico.

Dentro de um Ecossistema equilibrado e independente, os componentes bióticos encontrados podem ser agrupados em níveis tróficos classificados de acordo com as suas necessidades alimentares em:

Produtores: produzem a matéria orgânica para todo o Ecossistema; são organismos autotróficos. Exemplo: plantas, algas, alguns tipos de bactérias.

Consumidores: alimentam-se direta ou indiretamente dos produtores; são organismos heterotróficos. Dividem-se em:
– Consumidor primário, que se nutre diretamente do produtor.
– Consumidor secundário, que se nutre do consumidor secundário.
– Consumidor terciário, que se nutre do consumidor secundário e assim por diante.
Assim, considerando um campo onde encontramos os seres abaixo, teremos: o capim sendo o produtor o gafanhoto alimentando-se do capim, consumidor primário ® o sabiá se alimentando do gafanhoto, consumidor secundário e o gavião alimentando-se do sabiá, consumidor terciário.

O papel dos decompositores é fundamental para a reciclagem da matéria na natureza, realizando a manutenção da vida nos mais diversos ecossistemas da Terra.

A transferência de matéria orgânica de um produtor para as várias ordens de consumidores é feita através de uma sequência até os decompositores finais. Essa sequência é chamada de cadeia alimentar.

Na natureza várias cadeias alimentares interdependentes formam as teias alimentares.
A análise de uma teia alimentar nos permite concluir que o nicho da maioria dos organismos é bastante vasto, sendo um consumidor capaz de se nutrir a partir de diferentes fontes.

Obs 1: Presença ou ausência de decompositores - Estes organismos nem sempre são representados, mas sabemos que a existência de bactérias e fungos é condição essencial para que uma comunidade seja sustentável.

Obs 2: Setas que conectam os níveis tróficos - Estas setas demonstram o fluxo de energia através da alimentação, assim, sempre partem da presa em direção ao predador e nunca podem estar posicionadas ao contrário. O fluxo de energia em cadeias e teias alimentares sempre é unidirecional. A explicação para isso está na relação entre a quantidade de energia captada e a quantidade de energia gasta por um organismo durante sua vida. Quando um organismo produtor converte a energia presente no ambiente em matéria orgânica, grande parte desta é utilizada em sua própria sobrevivência, enquanto a menor parte (5 – 15%) é transferida ao próximo nível trófico. Um consumidor primário, então, capta esta pequena parcela e utiliza a maior parte para si, disponibilizando uma fração ainda menor para consumidores secundários. Este processo se repete com os demais níveis tróficos, o que significa que predadores de topo de cadeia, caso estejam posicionados muito longe da base de uma cadeia alimentar, tem baixa captação de energia, demandando um consumo muito elevado para se manter vivo.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE QUIMICA 5



Função Química – conjunto de compostos com propriedades químicas semelhantes.
As substâncias inorgânicas se dividem em quatro grandes grupos, que são conhecidos como as funções da química inorgânica. São elas: ácidos, bases, óxidos e sais. Há também as funções orgânicas, que são os hidrocarbonetos, alcoóis, cetonas, aldeídos, éteres, ésteres, ácidos carboxílicos, aminas e amidas.

Ácidos
Ácido é toda substância que em água produz o cátion H+. Quando um ácido entra em contato com a água, ele se ioniza e libera H+.  Exemplos:
HCl  + H2O  →  H+  +  Cl-
HF  +   H2O  →  H+  +  F-
H2SO4  →  H+ +  SO2-

Identifica-se um ácido com a presença de um H+ no lado esquerdo da fórmula. As principais características dos ácidos são:
- sabor azedo (em  geral tóxicos e corrosivos);
- conduzem eletricidade em solução aquosa (em água);
- mudam a cor de certas substâncias (indicadores ácido-base, que são substâncias orgânicas);
- reagem com base formando sal e água.

Utilidade
- Ácido sulfúrico (H2SO4) – produto químico mais utilizado na indústria, por isso o consumo de ácido sulfúrico mede o desenvolvimento industrial de um país. É corrosivo e muito solúvel em água. É usado em baterias de automóveis, na produção de fertilizantes, compostos orgânicos, na limpeza de metais e ligas metálicas (aço).
- Ácido clorídrico (HCl) – é um dos componentes do suco gástrico do nosso estômago. O HCl puro é um gás muito corrosivo e tóxico. O HCl em solução aquosa é sufocante e corrosivo. É usado na limpeza de pisos e paredes de pedra ou azulejo. O ácido muriático é o ácido clorídrico impuro.
- Ácido fluorídrico (HF) – é utilizado para a produção de alumínio, corrosão de vidros (em automóveis), decoração em objetos de vidro. É altamente corrosivo para a pele.
- Ácido nítrico (HNO3) – ácido tóxico e corrosivo. Utilizado na produção de fertilizantes e de compostos orgânicos.

Bases

Base é toda substância que em água produz o ânion OH- (hidroxila). Quando uma base entra em contato com água, ela se dissocia e libera OH-. Exemplos:
NaOH + H2O ↔ Na+ + OH-
Mg(OH)2 + H2O ↔ Mg2+ + 2OH-
Al(OH)3 + H2O ↔ Al3+ + 3OH-

Identifica-se uma base pela presença de OH- no lado direito da fórmula. As principais características das bases são:
- sabor adstringente (sabor igual ao da banana verde que parece que “prende” a língua);
- conduzem eletricidade em solução aquosa (em água);
- mudam a cor de certas substâncias, os chamados indicadores ácido-base;
-reagem com ácidos formando sal e água.

Utilidade
- Hidróxido de sódio (NaOH) – conhecida também como soda cáustica. É tóxico e corrosivo. Usado para desentupir pias. É muito usado na indústria química para preparar sabão e outros compostos orgânicos.
- Hidróxido de Magnésio (Mg(OH)2) – usado como antiácido estomacal. É também chamado de leite de magnésia.
- Hidróxido de cálcio – (Ca(OH)2) – chamado de cal hidratada, cal apagada ou cal extinta. Usada na construção civil para preparar argamassa e usado em pinturas. O hidróxido de cálcio em água é chamado de leite de cal ou água de cal.
- Hidróxido de amônio (NH4OH) em solução aquosa é conhecido como amoníaco ou amônia. Usado em limpeza doméstica, saponificações de gorduras e óleos. É tóxico e irritante aos olhos.

Óxidos

Óxido é toda substância formada por oxigênio e mais outro elemento. Formam compostos binários, ou seja, só possuem dois elementos na sua fórmula química.
Exemplos: Na2O, MgO, Al2O3, FeO.

Identificam-se os óxidos como composto binário, sendo o oxigênio o elemento mais eletronegativo e do lado direito da fórmula. Portanto, não existe um óxido com flúor.

Utilidade
- Óxido de cálcio (CaO) – sólido branco usado na construção civil para fabricar cimento, tijolo, cerâmicas. Age como fungicida e bactericida. Na agricultura, é usado para corrigir a acidez do solo. Pode ser chamado de cal viva ou cal virgem.
- Dióxido de carbono (CO2) – é o gás carbônico obtido como subproduto de várias reações industriais. Usado em refrigerantes e quando sólido é conhecido como gelo-seco. Participa da fotossíntese das plantas.
- Óxido de hidrogênio (H2O) – é a água. Óxido mais importante do planeta. Toda a forma de vida na Terra está associada a este óxido.
- Óxido de zinco (ZnO) – é um pó branco (alvaiade) usado em pinturas do rosto de palhaços. Usado também como protetor solar.
- Peróxido de Hidrogênio (H2O2) – chamada de água oxigenada, é um peróxido que se decompõe rapidamente. É usado como bactericida e para branqueamento de cabelos, fibras e papel.

Sais

Sal é toda substância que em água produz um cátion diferente do H+ e um ânion diferente do OH-.
Os sais são formados a partir da reação de um ácido com uma base, que é a reação de neutralização, formando também água. Exemplos:
HCl  +  NaOH  →  NaCl  + H2O
ácido     base          sal       água

As principais características são:
- conduzem eletricidade quando estão na fase líquida (fundidos) ou em solução aquosa, porque nestes casos há elétrons livres;
- geralmente são sólidos à temperatura e pressão ambiente (25°C e 1atm).

Utilidade
- Cloreto de sódio (NaCl) – é obtido da água do mar e utilizado na alimentação como sal de cozinha e na conservação de carnes. Na indústria, é usado para a produção de soda cáustica e gás cloro.
- Carbonato de sódio (Na2CO3) – também chamado de soda ou barrilha. Usado para a fabricação de vidro, sabão, corantes e no tratamento de água de piscina.
- Carbonato de cálcio (CaCO3) – na natureza, é encontrado na forma de mármore, calcário e calcita. Forma as estalactites e as estalagmites das cavernas. Usado na produção de cimento e de cal virgem (Cao). Reduz a acidez do solo.
- Hipoclorito de sódio (NaOCl) – usado como anti-séptico e alvejante (clareamento de roupas).


INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE QUIMICA 4



Os elementos químicos estão reunidos em três grandes grupos: metais, não metais e gases nobres.

O hidrogênio (H) não se encaixa em nenhuma dessas classificações porque possui características próprias. Algumas tabelas mostram esta divisão.

Os metais são elementos químicos que possuem várias propriedades específicas, como brilho, condutividade térmica e elétrica, maleabilidade e ductibilidade.

Todos os metais são sólidos à temperatura de 25ºC e pressão de 1atm, exceto o mercúrio (Hg), que é líquido nestas condições.

Quase todos os metais têm brilho, pois são capazes de refletir muito bem a luz. Ouro, prata e alumínio são exemplos de metais com muito brilho.

Os metais são bons condutores elétricos. Como em geral apresentam ductibilidade, ou seja, podem ser reduzidos a fios, são usados como tal na condução de eletricidade.

Os metais conduzem bem o calor. Nem sempre um metal puro apresenta as propriedades desejáveis para determinadas aplicações.

Por isso são produzidas as ligas metálicas, onde dois ou mais metais são misturados. São exemplos o bronze e o latão. O bronze é uma mistura de cobre e estanho, e o latão é resultado da mistura de cobre e zinco.
A maioria das ligas é formada por dois ou mais metais, mas algumas contêm não metais, como o carbono. A liga mais usada desse tipo é o aço.

Os não metais são maus condutores de eletricidade, quase não apresentam brilho, não são maleáveis e nem dúcteis. Tendem a formar ânions (íons negativos).

Os gases nobres ou inertes, ou ainda raros, constituem cerca de 1% do ar. É muito difícil se conseguir compostos com estes gases. Raramente eles reagem porque são muito estáveis. Suas camadas exteriores estão completamente preenchidas de elétrons. Estão todos no grupo 18 da tabela periódica.

Na tabela periódica atual, existem elementos naturais e artificiais.

Os naturais são os elementos encontrados na natureza e os artificiais são produzidos em laboratórios.

Dois estão localizados antes do urânio (U-92), os chamados elementos cisurânicos, que são o tecnécio (Tc-43) e o promécio (Pm-61). Outros elementos artificiais vêm depois do urânio, sendo chamados de transurânicos, que são todos os outros após o U-92. Dentre eles: Pu, Am, Bk, Fm, No, Sg, Ds.

Alguns elementos e suas descobertas:
Muitos elementos são conhecidos desde a Antiguidade, como por exemplo:
- Fe – ferro
- Pb – chumbo
- Cu – cobre
- S – enxofre

A partir do século XVII foram descobertos outros elementos. Seus nomes eram homenagem ao cientista que produzia esse novo elemento ou à sua região de origem:
- Mg – magnésio – Magnésia, região da Grécia.
- Al – alumínio – do latim alumen, sal de alumínio.
- Br – bromo – do grego bromos, mau cheiro.
- Rb – rubídio – do latim rubidium, cor vermelho-escuro.
- He – hélio – do grego hélios (Sol), por ter sido descoberto a partir do espectro da luz do Sol.
- Po – polônio – alusão à Polônia, terra natal de Marie Curie.

No século XX, com a produção de elementos artificiais, foram utilizados nomes dos planetas do Sistema Solar:
- Np – netúnio
- Pu – plutônio

Homenagem também a continente:
- Am – amerício

Homenagem a um estado norte-americano:
- Cf – califórnio

Homenagem a cientistas:
- Bh – bóhrio
- Cm – cúrio
- Es – einstênio
- No – nobélio
- Md – mendelévio
- Rf – rutherfórdio

Introdução ao Reino Animal 2




O Reino animal também pode ser chamado de reino metazoa ou ainda de reino animalia. São diferentes nomes que tratam do mesmo reino. Todos se referem aos animais.
Os animais são seres eucariontes, ou seja, possuem em suas células um núcleo individualizado, que tem a finalidade de proteger o DNA. São heterotróficos, isto quer dizer que não são capazes de produzir o próprio alimento. São pluricelulares, ou seja, cada organismo possui várias células.
No Reino Animal podemos encontrar desde seres microscópicos, como um ácaro, pequenos crustáceos e nematódeos e  até um gigante pesando várias toneladas como é o caso da baleia azul ou um elefante.
Em relação ao comportamento, seu nicho ecológico, habitats são tão diversos que parece em algumas vezes que determinados seres não podem estar no mesmo reino.
Um exemplo disso são os poríferos, representados pelas esponjas do mar, que possuem uma estrutura orgânica extremamente simples, não possuem nem órgãos,  nem tecidos bem definidos e sequer podem se locomover por conta própria.
Quando comparamos com um leão, que possui um organismo altamente complexo com vários tipos celulares, estes dois animais parecem serem de reinos completamente distintos. Por isso o Reino Animal é dividido em dois sub-reinos, invertebrados e vertebrados e em diversos filos.

PRINCIPAIS GRUPOS DO REINO ANIMAL




Invertebrados
1 - Filo Porifera (Esponjas)
1.1 Classe Calcarea – Esponjas calcarias.

1.2 Classe Hexactinellida – Esponjas de vidro.



2 - Filo Cnidaria (Águas vivas, corais, anemonas)
2.1 Classe Anthozoa – Anêmonas e corais.

2.2 Classe Hydrozoa – Hidrozoários, medusas, caravela portuguesa.

2.3 Classe Cubozoa – Cubomedusa.

2.4 Classe Scyphozoa – Águas vivas.



3 - Filo Platyhelminthes (Vermes planos)
3.1 Classe Acoela

3.2 Classe Turbellaria – Planárias.

3.3 Classe Trematoda – Causadores de esquistossomose, facioliases.

3.4 Classe Monogenea – monogênios, vermes chatos parasitos.

3.5 Classe Cestoda – cestódios, solitárias.



4 - Filo Nematoda (Vermes cilíndricos)
4.1 Classe Adenophorea – oxiúros, vermes chicote.

4.2 Classe Secernentea- ancilostomídeos, lombrigas.



5 - Filo Mollusca (Moluscos)
5.1 Classe Aplacophora

5.2 Classe Monoplacophora

5.3 Classe Polyplacophora

5.4 Classe Gastropoda - Gastrópodes
5.4.1 Subclasse Opisthobranchia - Lesmas do mar.
5.4.2 Subclasse Pulmonata – Caracóis.
5.4.2.1 Ordem Patellogastropoda – Chapeuzinho chinês.

5.5 Classe Bivalvia – Bivalves.

5.6 Classe Scaphopoda – Escafópodos.

5.7 Classe Cephalopoda – Lulas, Polvos, Nautilus.



6 - Filo Annelida (Anelídeos)
6.1 Classe Polychaeta – Poliquetos, verme de fogo.

6.2 Classe Oligochaeta – Minhocas.

6.3 Classe Hirudinea – Sanguessugas



7 - Filo Onychophora – Onicóforos, vermes aveludados.


8 - Filo Arthropoda (Artrópodes)
8.1 Subfilo Chelicerata

8.1.1 Classe Pycnogonida – Aranhas do mar

8.1.2 Classe Merostomata – Caranguejo ferradura.

8.1.3 Classe Arachnida - Aracnídeos
8.1.3.1 Ordem Scorpiones – Escorpiões.
8.1.3.2 Ordem Pseudoscorpionida – Pseudo escorpiões.
8.1.3.3 Ordem Uropygi – Escorpiões vinagre.
8.1.3.4 Ordem Araneae – Aranhas.
8.1.3.5 Ordem Opiliones – Opiliões.
8.1.3.6 Ordem Acari – Ácaros, carrapatos.

8.2 Subfilo Myriapoda

8.2.1 Classe Chilopoda – Lacráias.

8.2.2 Classe Diplopoda – Piolhos de cobra, Centopéias.

8.3 Subfilo Hexapoda

8.3.1 Classe Insecta - Insetos
8.3.1.1 Ordem Thysanura – Traças dos livros
8.3.1.2 Ordem Ephemeroptera – Efemeras, efemérides.
8.3.1.3 Ordem Odonata – Libélulas, pitas, donzelinhas.
8.3.1.4 Ordem Blattodea- Baratas.
8.3.1.5 Ordem Isoptera – Cupins.
8.3.1.6 Ordem Mantodea – Louva a Deus.
8.3.1.7 Ordem Dermaptera – Tesourinhas.
8.3.1.8 Ordem Orthoptera – Grilos, gafanhotos, esperanças, paquinhas.
8.3.1.9 Ordem Phasmatodea – Bichos pau.
8.3.1.10 Ordem Embioptera – Embiideos.
8.3.1.11 Ordem Psocoptera – Psocópteros, piolhos dos livros.
8.3.1.12 Ordem Phthiraptera - Piolhos.
8.3.1.13 Ordem Hemiptera – Percevejos, pulgões, cigarras, baratas d´água.
8.3.1.14 Ordem Megaloptera- Formigas leão.
8.3.1.15 Ordem Neuroptera – Crisopídeos.
8.3.1.16 Ordem Coleoptera- Besouros.
8.3.1.17 Ordem Siphonaptera – Pulgas.
8.3.1.18 Ordem Diptera – Moscas, mosquitos, borrachudos, mutucas.
8.3.1.19 Ordem Lepidoptera – Borboletas, mariposas.
8.3.1.20 Ordem Hymenoptera – Abelhas, vespas, formigas, mamangavas, abelhas africanas, jataí.

8.4 Subfilo Crustacea – Crustáceos.

8.4.1 Classe Branchiopoda – pulgas d´água e outros micro-crustáceos.

8.4.2 Classe Malacostraca
8.4.2.1 Subclasse Eumalacostraca
8.4.2.1.1 Ordem Stomatopoda - Tamarutaca, camarões louva a Deus.
8.4.2.1.2 Ordem Euphausiacea - Krill.
8.4.2.1.3 Ordem Decapoda
8.4.2.1.3.1 Infraordem Brachyura – Caranguejos.
8.4.2.1.3.2 Infraordem Palinura – lagostas.
8.4.2.1.3.3 Infraordem Thalassinidea – Corruptos.
8.4.2.1.3.4 Infraordem Anomura – Tatuís, tatuiras, ermitões.
8.4.2.1.3.5 Camarões (Várias subordens em Decapoda).
8.4.2.1.4 Ordem Isopoda – Tatuzinho de jardim, baratas das praia



8.4.3 Classe Maxillopoda
8.4.3.1 Subclasse Thecostraca – Crácas.

9 - Filo Echinodermata (Equinodermos)
9.1 Classe Crinoidea – Lírios do mar.
9.2 Classe Asteroidea – Estrelas do mar.
9.3 Classe Ophiuroidea – Ofiuróides.
9.4 Classe Echinoidea – Ouriços do mar, bolachas da praia.
9.5 Classe Holothuroidea – Pepinos do mar.


Vertebrados
1 - Filo Chordata (Cordados)
1.1 Subfilo Urochordata
1.1.1 Classe Ascidiacea – Ascídias
1.2 Subfilo Cephalochordata – Anfíoxos.

1.3 Subfilo Vertebrata

1.3.1 Classe Myxini
1.3.1.1 Ordem Myxiniformes – Peixe bruxa

1.3.2 Classe Cephalaspidomorphi
1.3.2.1 Ordem Petromyzoniformes – Lampréias



1.3.3 Classe Chondrichthyes – Peixes cartilaginosos
1.3.3.1 Subclasse Elasmobranchii
1.3.3.1.1 Superordem Bathoidea – Raias
1.3.3.1.2 Superordem Selachimorpha – Tubarões
1.3.3.2 Subclasse Holocephali
1.3.3.2.1 Ordem Chimaeriformes – Quimeras

1.3.4 Classe Osteichthyes – Peixes ósseos - carpa
1.3.4.1 Subclasse Actinopterygii.
1.3.4.1.2 Ordem Gasterosteiformes - Cavalos Marinhos

1.3.5 Classe Sarcopterygii
1.3.5.1 Ordem Coelacanthiformes - Celacanto.
1.3.5.2 Ordem Lepidosireniformes – Peixe pulmonado.

1.3.6 Superclasse Tetrapoda
1.3.6.1 Classe Amphibia – Anfíbios
1.3.6.1.1 Subclasse Lissamphibia
1.3.6.1.1.1 Ordem Urodela (Caudata) – Salamandras.
1.3.6.1.1.2 Ordem Salientia (Anura) – Sapos, pererecas, rãs.
1.3.6.1.1.3 Ordem Gymnophiona (Apoda) - Cobras cegas



1.3.6.2 Classe Reptilia - Répteis
1.3.6.2.1 Subclasse Anapsida
1.3.6.2.1.1 Ordem Testudines – Tartarugas, jabuti, cagados.
1.3.6.2.2 Subclasse Diapsida
1.3.6.2.2.1 Ordem Crocodylia – Crocodilos, jacarés, gavial
1.3.6.2.2.2 Ordem Sphenodontia – Tuatara.
1.3.6.2.2.3 Ordem Squamata - lagartos, e   serpentes.

1.3.6.3 Classe Aves - Aves
1.3.6.3.1 Ordem Struthioniformes – Ema, avestruz.
1.3.6.3.2 Ordem Procellariiformes – Albatroz.
1.3.6.3.3 Ordem Sphenisciformes – Pinguins.
1.3.6.3.4 Ordem Podicipediformes - mergulhão
1.3.6.3.5 Ordem Pelecaniformes - pelicanos.
1.3.6.3.6 Ordem Ciconiiformes - cegonhas, garças, urubus, abutres.
1.3.6.3.7 Ordem Phoenicopteriformes – Flamingos.
1.3.6.3.8 Ordem Falconiformes – Falcões, águias, gaviões, carcará.
1.3.6.3.9 Ordem Anseriformes – Gansos, patos, cisnes, marrecos.
1.3.6.3.10 Ordem Galliformes - galinhas, perú, faisão, perdiz, pavão, jacu, mutum.
1.3.6.3.11 Ordem Gruiformes – Seriemas, saracura.
1.3.6.3.12 Ordem Charadriiformes - Gaivotas, jaçanãs, quero queros.
1.3.6.3.13 Ordem Columbiformes - pombos.
1.3.6.3.14 Ordem Psittaciformes - papagaios, araras, periquitos, cacatuas.
1.3.6.3.15 Ordem Cuculiformes - cucos, anu, chupim.
1.3.6.3.16 Ordem Strigiformes - coruja.
1.3.6.3.17 Ordem Caprimulgiformes - urutau, mãe da lua, curiangos.
1.3.6.3.18 Ordem Apodiformes - Andorinhão, beija-flor.
1.3.6.3.19 Ordem Coraciiformes - martim-pescador.
1.3.6.3.20 Ordem Piciformes - pica-pau, tucanos.
1.3.6.3.21 Ordem Passeriformes - pássaros (diversos outros pássaros), passarinhos.

1.3.6.4 Classe Mammalia - Mamíferos
1.3.6.4.1 Subclasse Prototheria
1.3.6.4.1.1 Ordem Monotremata – Equidna, ornitorrinco.
1.3.6.4.2 Subclasse Theria
1.3.6.4.2.1 Infraclasse Marsupialia (Metatheria) - Marsupiais
1.3.6.4.2.1.1 Ordem Didelphimorphia - gambás, cuícas.
1.3.6.4.2.1.2 Ordem Dasyuromorphia – diabo da tasmânia, ratos marsupiais, lobos da tasmânia.
1.3.6.4.2.1.3 Ordem Diprotodontia - coala, canguru.
1.3.6.4.2.2 Infraclasse Placentalia (Eutheria)
1.3.6.4.2.2.1 Superordem Afrotheria
1.3.6.4.2.2.1.1 Ordem Proboscidea - Elefantes.
1.3.6.4.2.2.1.2 Ordem Sirenia - peixe-boi.
1.3.6.4.2.2.2 Superordem Xenarthra
1.3.6.4.2.2.2.1 Ordem Cingulata - tatus.
1.3.6.4.2.2.2.2 Ordem Pilosa - preguiças, tamanduás.
1.3.6.4.2.2.3 Superordem Euarchontoglires
1.3.6.4.2.2.3.1 Ordem Primates - Lêmures, lóris, macacos, homem, bugiu, caiararas, chipanzés, gorilas.
1.3.6.4.2.2.3.2 Ordem Rodentia - Ratos, esquilos, castores, capivaras, cutias.
1.3.6.4.2.2.3.3 Ordem Lagomorpha - Lebre, coelho, pika.
1.3.6.4.2.2.4 Superordem Laurasiatheria
1.3.6.4.2.2.4.1 Ordem insetivora - Musaranhos, toupeiras .
1.3.6.4.2.2.4.2 Ordem Chiroptera - morcegos.
1.3.6.4.2.2.4.3 Ordem Pholidota - pangolim.
1.3.6.4.2.2.4.4 Ordem Carnivora - Cachorros, leões, tigres, onças, ursos, hienas, ariranhas, bassariscos, gatos.
1.3.6.4.2.2.4.5 Ordem Cetacea - Baleias, golfinhos, botos, orcas, belugas.
1.3.6.4.2.2.4.6 Ordem Artiodactyla - Suinos, javalis , bovinos, camelideos, hipopótamos, girafas.
1.3.6.4.2.2.4.7 Ordem Perissodactyla - Cavalos, rinocerontes, antas.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE QUIMICA 2



Misturas

Mistura são duas ou mais substâncias agrupadas, onde a composição é variável e suas propriedades também. Exemplo de misturas: sangue, leite, ar, madeira, granito, água com açúcar.

Algumas misturas são tão importantes que têm nome próprio. São exemplos:
- gasolina – mistura de hidrocarbonetos, que são substâncias formadas por hidrogênio e carbono.
- ar atmosférico – mistura de 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio, 1% de argônio e mais outros gases, como o gás carbônico.
- álcool hidratado – mistura de 96% de álcool etílico mais 4% de água.

Sistema é uma parte do universo que se deseja observar, analisar. Por exemplo: um tubo de ensaio com água, um pedaço de ferro, uma mistura de água e gasolina, etc.

Fases são o aspecto visual uniforme. As misturas podem conter uma ou mais fases.

Mistura homogênea
É formada por apenas uma fase. Não se consegue diferencias a substância.
Exemplos:
- água + sal
- água + álcool etílico
- água + acetona
- água + açúcar

Mistura heterogênea
É formada por duas ou mais fases. As substâncias podem ser diferenciadas a olho nu ou pelo microscópio. Exemplos:
- água + óleo
- granito
- água + enxofre
- água + areia + óleo

Os sistemas monofásicos são as misturas homogêneas. Os sistemas polifásicos são as misturas heterogêneas.

Os sistemas homogêneos, quando formados por duas ou mais substâncias miscíveis (que se misturam) umas nas outras, chamamos de soluções. São exemplos de soluções: água salgada, vinagre, álcool hidratado.

Os sistemas heterogêneos podem ser formados por uma única substância, porém em várias fases de agregação (estados físicos).
Exemplo: água
- líquida
- sólida (gelo)
- vapor

Separação de misturas
Os componentes das misturas podem ser separados. Há algumas técnicas para realizar a separação de misturas. O tipo de separação depende do tipo de mistura.
Alguns dos métodos de separação de mistura são: catação, levigação, dissolução ou flotação, peneiração, separação magnética, dissolução fracionada, decantação e sedimentação, centrifugação, filtração, evaporação, destilação simples e fracionada e fusão fracionada.

Separação de sólidos
Para separar sólidos, podemos utilizar os métodos apresentados a seguir.

Catação
Consiste basicamente em recolher com as mãos ou uma pinça um dos componentes da mistura.
Exemplo: separar feijão das impurezas antes de cozinhá-los.

Levigação
Separa substâncias mais densas das menos densas usando água corrente.
Exemplo: processo usado por garimpeiros para separar ouro (mais denso) da areia (menos densa).

Dissolução ou floculação
Consiste em dissolver a mistura em solvente com densidade intermediária entre as densidades dos componentes das misturas.
Exemplo: serragem + areia
Adiciona-se água na mistura. A areia fica no fundo e a serragem flutua na água.

Peneiração
Separa sólidos maiores de sólidos menores ou ainda sólidos em suspensão em líquidos.
Exemplo: os pedreiros usam esta técnica para separar a areia mais fina de pedrinhas; para separar a polpa de uma fruta das suas sementes, como o maracujá.
Este processo também é chamado de tamização.

Separação magnética
Usado quando um dos componentes da mistura é um material magnético. Com um ímã ou eletroímã, o material é retirado.
Exemplo: limalha de ferro + enxofre; areia + ferro

Ventilação
Usado para separar dois componentes sólidos com densidades diferentes. É aplicado um jato de ar sobre a mistura.
Exemplo: separar o amendoim torrado da sua casca já solta; arroz + palha.

Dissolução fracionada
Consiste em separar dois componentes sólidos utilizando um líquido que dissolva apenas um deles.
Exemplo: sal + areia
Dissolve-se o sal em água. A areia não se dissolve na água. Pode-se filtrar a mistura separando a areia, que fica retida no filtro da água salgada. Pode-se evaporar a água, separando a água do sal.

Sólidos e líquidos

Para separar misturas de sólidos e líquidos, podemos utilizar o método da decantação e sedimentação, centrifugação, filtração e evaporação.

Sedimentação
Consiste em deixar a mistura em repouso até o sólido se depositar no fundo do recipiente.
Exemplo: água + areia

Decantação
É a remoção da parte líquida, virando cuidadosamente o recipiente. Pode-se utilizar um funil de decantação para remover um dos componentes da mistura.
Exemplo: água + óleo; água + areia

Centrifugação
É o processo de aceleração da sedimentação. Utiliza-se um aparelho chamado centrífuga ou centrifugador, que pode ser elétrico ou manual.
Exemplo: Para separar a água com barro.

Filtração
Processo mecânico que serve para separar mistura sólida dispersa com um líquido ou gás. Utiliza-se uma superfície porosa (filtro) para reter o sólido e deixar passar o líquido. O filtro usado é um papel-filtro.
O papel-filtro dobrado é usado quando o produto que mais interessa é o líquido. A filtração é mais lenta.
O papel-filtro pregueado produz uma filtração mais rápida e é utilizada quando a parte que mais interessa é a sólida.
Exemplo: água + areia

Evaporação
Consiste em evaporar o líquido que está misturado com um sólido.
Exemplo: água + sal de cozinha (cloreto de sódio).
Nas salinas, obtém-se o sal de cozinha por este processo. Na realidade, as evaporações resultam em sal grosso, que se for purificado torna-se o sal refinado (sal de cozinha), que é uma mistura de cloreto de sódio e outras substâncias que são adicionadas pela indústria.

Separação de misturas homogêneas

Para separar os componentes das substâncias de misturas homogêneas, usamos os métodos chamados de fracionamento, que se baseiam na constância da temperatura nas mudanças de estados físicos. São eles: destilação e fusão.

Destilação
Consiste em separar líquidos e sólidos com pontos de ebulição diferentes. Os líquidos devem ser miscíveis entre si.
Exemplo: água + álcool etílico; água + sal de cozinha
O ponto de ebulição da água é 100°C e o ponto de ebulição do álcool etílico é 78°C. Se aquecermos esta mistura, o álcool ferve primeiro.
No condensador, o vapor do álcool é resfriado e transformado em álcool líquido, passando para outro recipiente, que pode ser um frasco coletor, um erlenmeyer ou um copo de béquer. E a água permanece no recipiente anterior, separando-se assim do álcool.
Para essa técnica, usa-se o aparelho chamado destilador, que é um conjunto de vidrarias do laboratório químico. Utiliza-se: termômetro, balão de destilação, haste metálica ou suporte, bico de Bunsen, condensador, mangueiras, agarradores e frasco coletor. Este método é a chamada destilação simples.
Nas indústrias, principalmente de petróleo, usa-se a destilação fracionada para separar misturas de dois ou mais líquidos. As torres de separação de petróleo fazem a sua divisão produzindo gasolina, óleo diesel, gás natural, querosene, piche.
As substâncias devem conter pontos de ebulição diferentes, mas com valores próximos uns aos outros.

Fusão fracionada
Separa componentes de misturas homogêneas de vários sólidos. Derrete-se a substância sólida até o seu ponto de fusão, separando-se das demais substâncias.
Exemplo: mistura sólida entre estanho e chumbo.
O estanho funde-se a 231°C e o chumbo, a 327°C. Então, funde-se primeiramente o estanho.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE QUIMICA 1



O que é Química?

Química é a ciência que estuda a matéria e suas transformações. Estuda também a energia que está envolvida nessas transformações.

A Química está muito ligada ao nosso dia a dia. Está presente nos alimentos, medicamentos, construções, nas plantas, no vestuário, nos combustíveis.

Tudo o que existe no universo é formado por química. No nosso organismo, também ocorrem diversas transformações químicas.

Matéria e substância

Matéria é tudo o que tem massa e ocupa espaço. Qualquer coisa que tenha existência física ou real é matéria.

Tudo o que existe no universo conhecido manifesta-se como matéria ou energia.

A matéria pode ser líquida, sólida ou gasosa. São exemplos de matéria: papel, madeira, ar, água, pedra.

Analisando a matéria qualitativamente (qualidade), a chamamos de substância.

Substância – possui uma composição característica, determinada e um conjunto definido de propriedades.

Pode ser simples (formada por só um elemento químico) ou composta (formada por vários elementos químicos).

Exemplos de substâncias simples: ouro, mercúrio, ferro, zinco.

Exemplos de substâncias compostas: água, açúcar (sacarose), sal de cozinha (cloreto de sódio).

As substâncias químicas podem ser classificadas de duas formas: quanto ao tipo de ligação que as forma e quanto ao número de elementos químicos que participam na ligação.

Classificação das substâncias químicas

Quanto ao tipo de ligação, as substâncias são classificadas em iônicas, moleculares ou metálicas.

As substâncias iônicas têm pelo menos uma ligação iônica.
Exemplo: NaCl (cloreto de sódio) NaNO2 (nitrito de sódio)

As substâncias iônicas têm elevados pontos de ebulição e fusão; muitas delas, ao serem dissolvidas na água, têm os seus íons separados por ação da água num processo chamado dissociação iônica; conduzem corrente elétrica em solução aquosa.

As substâncias moleculares são formadas exclusivamente por ligações covalentes. Em geral, tem baixa temperatura de ebulição e de fusão. A maioria delas não conduz eletricidade em solução aquosa. Formam moléculas.
Exemplos: água (H2O) amoníaco (NH3)

As substâncias metálicas são formadas exclusivamente por ligações metálicas.
Exemplos: Ferro (Fe), Prata (Ag), Ouro (Au), Alumínio (Al).

Quanto ao número de elementos químicos, as substâncias podem ser classificadas como simples ou compostas.

Substância simples é aquela formada por um único elemento químico.
Exemplos:Ferro (Fe), Alumínio (Al), gás hidrogênio (H2).

Substância composta é aquela formada por mais de um tipo de elemento químico.
Exemplos:Cloreto de sódio (NaCl), Monóxido de Carbono (CO), Água (H2O).

terça-feira, 10 de setembro de 2019

RESUMO DE HISTOLOGIA ANIMAL



A Histologia Animal é a parte da Biologia responsável pelo estudo dos diversos tipos de tecido que compõem o corpo dos animais.
Sabemos que os seres vivos são formados por células. Aqueles que apresentam apenas uma célula são chamados de unicelulares, enquanto aqueles que apresentam várias células recebem a denominação de multicelulares ou pluricelulares. Esses últimos apresentam frequentemente células semelhantes que trabalham em conjunto, formando tecidos, que são o objeto de estudo da histologia (histo = tecido; logia = estudo).
Nos animais, incluindo-se aí o Ser Humano, encontramos quatro tipos básicos de tecidos: o epitelial, o conjuntivo, o muscular e o nervoso. Cada um desses grupos de tecido é extremamente importante para o funcionamento do corpo e apresenta características singulares que permitem sua diferenciação.

Tecido epitelial
Características gerais
O tecido epitelial apresenta células justapostas, ou seja, bastante unidas, e que apresentam pouca ou nenhuma substância intercelular. Esse tipo de tecido é encontrado formando a pele, revestindo órgãos internos e constituindo as glândulas. Suas células justapostas estão ligadas à função de revestimento do corpo, e raramente se apresentam com vasos sanguíneos. Em sua maioria, a presença de terminações nervosas. Muitas vezes, suas células são nutridas através do tecido conjuntivo que o circunda.
Classificação do tecido epitelial
O tecido epitelial pode ser classificado em dois grupos básicos a partir do papel desempenhado no organismo:
a) O tecido epitelial de revestimento apresenta como função principal revestir os órgãos e o nosso corpo.
Os epitélios de revestimento são encontrados nas cavidades corporais (mucosas - cavidades abertas e serosas - cavidades fechadas), e também externamente ao nosso corpo – a derme ou “pele”. Assim, protegem o corpo contra atritos, invasão de micro-organismos e evaporação, auxiliando também quanto à absorção de alimentos e também de oxigênio.
Os tecidos epiteliais de revestimento podem ser classificados ainda em relação à forma das células (pavimentosos, cúbicos e prismáticos) e o número de camadas (simples, estratificados e pseudoestratificados).
b) O tecido epitelial glandular é responsável pela formação das glândulas do corpo, estruturas responsáveis pela produção de secreções importantes. São especializados na produção de secreções; e classificados em três tipos:
- Glândulas exócrinas: Eliminam externamente ou em cavidades abertas, substâncias do organismo. Exemplos: glândula sudorípara, glândula mamária e glândula sebácea.
- Glândulas endócrinas: Eliminam internamente (na corrente sanguínea) substâncias. Ex. tireoide, a paratireoide e a suprarrenal.
- Glândulas mistas: Podem lançar substâncias tanto interna (no sangue) quanto externamente. Ex. pâncreas, fígado, testículos e ovários

Tecido conjuntivo
Características gerais
O tecido conjuntivo, diferentemente do epitelial, apresenta grande quantidade de substância intercelular e, consequentemente, células bem separadas. . Esse tecido normalmente apresenta na substância intercelular uma grande quantidade de fibras colágenas, elásticas e reticulares. Ele também se destaca por apresentar uma grande variedade de tipos celulares.
Classificação do tecido conjuntivo
Existem vários tipos de tecido conjuntivo, sendo os principais:
a) tecido cartilaginoso (encontrado na cartilagem) - O tecido cartilaginoso é um tipo de tecido conjuntivo que se caracteriza por apresentar uma quantidade elevada de fibras colágenas e elásticas. Essas fibras estão imersas em uma matriz intercelular que apresenta uma consistência de borracha e garante elasticidade e rigidez ao tecido.Esse tecido não apresenta vasos sanguíneos e, portanto, é considerado um tecido avascular. Todos os nutrientes e o oxigênio chegam às células por meio de difusão a partir dos vasos encontrados no tecido que as reveste, o chamado pericôndrio, um tipo de tecido conjuntivo denso. No nosso corpo, encontramos cartilagem na região da orelha, nariz, brônquios, traqueia, articulações e discos intervertebrais. Esse tecido apresenta como funções principais a sustentação e o auxílio na movimentação, além de ser fundamental para o crescimento dos ossos. As células jovens encontradas nesse tecido recebem o nome de condroblastos e são as responsáveis pela produção da substância intercelular. Quando maduras, diminuem de tamanho e passam a se chamar condrócitos. Podemos classificar a cartilagem em três tipos básicos: hialina, fibrosa e elástica. A cartilagem hialina é a precursora de grande parte do que será o sistema esquelético, sendo gradativamente substituída por osso. A cartilagem fibrosa apresenta fibras de colágeno densas e células dispostas em fileiras. Essa cartilagem apresenta-se menos flexível e elástica que a hialina. É encontrada formando o disco intervertebral e na sínfise pubiana. Por fim, temos a cartilagem elástica, que, como o nome sugere, é a mais elástica de todas. Essa característica é determinada pela grande quantidade de fibras elásticas encontradas em sua matriz. Esse tipo de cartilagem é encontrado no pavilhão auditivo, epiglote e laringe.
b) tecido ósseo (tecido que forma os ossos) - O tecido ósseo é um tipo de tecido conjuntivo caracterizado pela presença de uma matriz rica em fosfato de cálcio e fibras colágenas. A sua matriz rica em cálcio confere uma resistência ao osso maior que a das cartilagens. Os ossos são importantes para a proteção de nossos órgãos internos, como pulmões, coração e o encéfalo, protegido especificadamente pela caixa craniana. Além disso, o tecido ósseo atua como um reservatório de cálcio para o nosso organismo. O tecido ósseo é formado por três tipos celulares básicos: os osteoblastos, os osteoclastos e os osteócitos. O tecido ósseo é vascularizado e inervado. Ao observarmos um corte transversal de um tecido ósseo, vamos verificar a presença de camadas de matriz extracelular distribuídas de forma concêntrica em torno de um canal central. Nesse canal central, também chamado de canal de Havers, é por onde nervos e vasos sanguíneos passam. No interior do osso, encontramos uma substância de natureza conjuntiva denominada medula óssea. A medula pode ser de dois tipos: amarela (formada por tecido adiposo) e vermelha (relacionada com a formação de células sanguíneas).
c) tecido adiposo (responsável por armazenar gordura) - Tipo especial de tecido conjuntivo frouxo. É responsável pelo armazenamento de gordura, e consequentemente energia, nas células adiposas, também chamadas de adipócitos. Auxilia, também, na proteção contra choque mecânicos, preenchimento de espaços entre órgãos internos, e no isolamento térmico.
d) tecido sanguíneo (sangue) - O sangue apresenta diversas funções, entre elas podemos destacar o transporte de gases (oxigênio e gás carbônico) hormônios e nutrientes; recolhimento das substâncias resultantes do processo de metabolismo celular; defesa do organismo, como a fagocitose de bactérias e fungos e a destruição de células infectadas;imunidade do organismo; modulação do processo inflamatório; coagulação do sangue, entre outras funções. As células do sangue são produzidas a partir de células-tronco multipotentes, ou seja, que apresentam a capacidade de originar diferentes tipos de células. As células-tronco estão presentes principalmente na medula vermelha, presente no interior de ossos. O sangue é constituído por uma matriz líquida, denominada de plasma, que corresponde a cerca de 55% do volume do sangue, e de uma parte constituída pelos elementos celulares, cerca de 45% do volume sanguíneo. O plasma é a matriz líquida do sangue, onde estão inseridos os elementos celulares. O plasma é constituído principalmente por água, correspondendo a cerca de 91% de sua constituição, além de sais inorgânicos e proteínas. Os elementos celulares, também conhecidos como elementos figurados do sangue, são constituídos por células e fragmentos celulares:
- glóbulos vermelhos ou eritrócitos ou hemácias - Essas células são produzidas na medula óssea, apresentam a forma de um disco bicôncavo e são anucleadas. Elas apresentam grande quantidade de hemoglobina, uma proteína que apresenta ferro em sua constituição e é responsável principalmente pelo transporte de oxigênio.
- glóbulos brancos ou leucócitos - São células produzidas na medula óssea ou em tecidos linfoides e são incolores. Têm a função de defesa do organismo.
- plaquetas - diferentemente dos demais elementos apresentados, as plaquetas não são células mas, fragmentos de células especializadas da medula óssea e atuam no processo de coagulação do sangue.
e) tecido conjuntivo propriamente dito (apresenta características típicas de um tecido conjuntivo) - Sustenta e nutre tecidos avasculares. Possui fibras, que podem ser constituídas por colágeno (resistentes à tração), elastina (resistentes e elásticas), ou colágeno associado a glicoproteína (fibras reticulares, menos resistentes). Pode ser do tipo:
- Frouxo: Possui poucas fibras; preenche espaços no corpo não ocupados por outros tecidos, envolvem nervos, músculos, vasos sanguíneos e linfáticos.
- Denso: Com grande concentração de fibras, faz parte da constituição dos tendões, ligamentos e cápsulas que cobram órgãos, como o baço. Pode ser do tipo:
f) tecido hematopoiético - Responsável pela produção de células sanguíneas, estando presente na medula óssea vermelha, baço, timo e linfonodos.

Tecido muscular
Características gerais
Os tecidos musculares são responsáveis pela locomoção, movimentação e contração de alguns órgãos e estruturas do corpo. A principal característica de um tecido muscular é sua capacidade de contração. Ele é formado por uma série de células alongadas, que são denominadas de fibras musculares  ou miócitoss e são ricas em filamentos contráteis (miosina e actina).
Quando nos alimentamos de carne, a maior parte do que ingerimos é oriunda deste tecido, que corresponde a aproximadamente 40% da massa corporal de um mamífero.
Classificação do tecido muscular
O tecido muscular pode ser classificado em três tipos:
- estriado esquelético (associado ao esqueleto e possui contração voluntária e rápida) : As fibras, muito compridas, se encontram unidas aos ossos, e também sob a pele do rosto e no abdome. Possuem vários núcleos e se apresentam com estrias longitudinais e transversais. De movimentação voluntária, é encontrado nos membros e em diversas outras regiões do corpo, sendo ele o tecido muscular predominante no corpo dos vertebrados.
- estriado cardíaco (contração involuntária e rápida, encontrado no coração):  As fibras, unidas entre si por estruturas denominadas discos intercalares, possuem um ou dois núcleos centrais, se apresentam estriadas e também ramificadas. Esse tecido é encontrado somente no coração, justificando seu nome. Apresenta movimentação involuntária, rápida e rítmica.
-  liso ou não estriado, ou visceral (contração involuntária e lenta, encontrado em órgãos internos): As fibras musculares se apresentam com um único núcleo, sem estrias transversais, e com as extremidades afiladas. Contraem-se involuntariamente, e de forma lenta. Este tecido é encontrado nas artérias, intestinos, dentre outras regiões.

Tecido nervoso
Características gerais
O tecido nervoso destaca-se pela função principal de responder a estímulos do meio externo e interno. Sua célula principal é o neurônio, que é capaz de desencadear um impulso nervoso. Esse tecido é o responsável por formar o nosso sistema nervoso, que pode ser dividido em sistema nervoso central (encéfalo e medula) e sistema nervoso periférico (nervos).
O tecido nervoso possui pouca substância intercelular e é composto principalmente por dois tipos celulares: os neurônios e as células da glia, também chamadas de gliócitos.
Os neurônios, também chamados de células nervosas, são os responsáveis pela transmissão do impulso nervoso. Essas células apresentam três partes básicas e distintas: o corpo celular, dendritos e axônio.
É no corpo celular que se encontram as organelas e o núcleo. A partir do corpo celular que partem dois prolongamentos denominados de dendritos e axônios. Os dendritos são prolongamentos ramificados, relacionados com a captação do impulso nervoso. O axônio é um prolongamento longo responsável por levar o impulso nervoso a uma célula muscular, uma glândula ou outro neurônio. É importante destacar que em um neurônio o impulso nervoso sempre seguirá o sentido dendrito, corpo celular e axônio.



Sistema Tegumentar

  O sistema tegumentar é composto por pele e anexos (pelos, unhas, glândulas sudoríparas, sebáceas e mamárias). A pele é formada por epiderm...