quinta-feira, 13 de junho de 2019

RESUMO SOBRE FERMENTAÇÃO



FERMENTAÇÃO
− Na fermentação a glicose é quebrada sem consumo de O2 do ambiente.

ANAERÓBIOS RESTRITOS ou OBRIGATÓRIOS
Não possuem enzimas do ciclo de Krebs e da cadeia respiratória, logo só realizam a fermentação
− São os organismos, em que esse processo é a única fonte de energia. Eles não possuem as enzimas responsáveis pelo ciclo de Krebs e cadeia respiratória.
− O O2 é tóxico para eles, portanto, só crescem na ausência desse gás.
− É o caso da bactéria que causa o tétano e da que causa o botulismo.

ANAERÓBIOS FACULTATIVOS
Podem realizar fermentação caso falte O2. Organismos, como o levedo da cerveja, embora possuam enzimas e façam respiração aeróbia, podem realizar a fermentação caso o O2 falte no ambiente.

ANAERÓBIOS ESTRITOS
Só fazem respiração aeróbia e morrem quando falta O2.
• A maioria dos seres vivos só realizam respiração aeróbia e morre quando falta o O2 no ambiente – aeróbios estritos.
• Estão representados principalmente pelos eucariontes pluricelulares, pois consomem + energia que os procariontes.
• O ser humano não sobreviveria 3 minutos se dependesse apenas da fermentação como fonte de energia.

ENERGIA LIBERADA NA FERMENTAÇÃO
− Na fermentação, a quebra da glicose termina na glicólise. Não havendo O2, outra molécula terá de receber os átomos de H.
− Essa molécula pode ser o ácido pirúvico ou outro fragmento da glicose, que recebendo os átomos de H, forma um produto final, que não é a água, pode ser formado o álcool etílico, ácido acético ou ácido láctico.
− Como a glicose não é totalmente quebrada e oxidada a CO2 e água, a fermentação não libera toda a energia de sua molécula e os produtos ainda possuem energia armazenada.
− O saldo energético da fermentação é de apenas duas moléculas de ATP para cada molécula de glicose.
− Iogurtes e coalhadas são produzidos com leite e uma mistura em igual proporção de microrganismos Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermofhilus, conhecidos por lactobacilos.
− Isso porque a fermentação da lactose do leite produz ácido láctico, que coagula o leite, transformando-o em coalhada ou iogurte.
− Os lactobacilos são encontrados em nosso intestino, onde fabricam vitaminas úteis ao organismo (complexo B).
− O ácido lático liberado pelos lactobacilos influencia no sabor do alimento, resultando um sabor azedo. Além disso, o ácido lático abaixa o pH (deixa mais ácido) do alimento, levando a coagulação de proteínas do leite, que forma o coalho, utilizado na produção de iogurtes e queijos.

FERMENTAÇÃO LÁCTICA NOS MÚSCULOS
Produz CO2 e ácido láctico. Realizada por bactérias e pelas nossas células musculares.
− As células musculares podem realizar tanto respiração aeróbia quanto fermentação láctica, dependendo da disponibilidade de oxigênio e da intensidade da atividade física.
− Durante esforço muscular muito rápido e intenso, o O2 que chega ao músculo não é suficiente para a obtenção de toda a energia necessária.
− Para compensar, as células musculares realizam fermentação láctica.
− Posteriormente, parte do ácido produzido é conduzido ao fígado onde é convertido em glicose.
− A respiração ofegante após o exercício contribui para a remoção do ácido láctico e o reabastecimento de ATP e glicogênio.

FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA
Produz CO2 e álcool etílico. Utilizada na produção de bebidas alcoólicas e no fermento biológico.
− A produção do vinho e da cerveja é resultado da fermentação realizada por um FUNGO unicelular (levedo de cerveja ou fermento), chamado Saccharomyces cerevisiae.
− Na fermentação alcoólica, são produzidos CO2 e álcool etílico. O CO2 pode ser mantido na bebida, como na cerveja e champanhe.
− Mas, como é um ser anaeróbio facultativo, dependendo da taxa de O2 presente no processo, esse fungo realizará respiração aeróbia.
− Por isso, se houver muito O2, o fungo não produzirá álcool, mas CO2 e água. Nesse caso a fermentação fica inibida pelo O2, “efeito Pasteur”.
− A fermentação também é usada na produção do álcool combustível. No Brasil o álcool é produzido pela fermentação da cana de açúcar.
− O fermento de padaria, contendo o fungo Saccharomyces vivo, faz crescer a massa do pão pela produção do CO2.

RESPIRÇÃO ANAERÓBIA
− Embora às vezes a fermentação também seja chamada de respiração anaeróbia, na realidade é um processo diferente.
− Na FERMENTAÇÃO o composto orgânico derivado da glicose é usado como aceptor final de hidrogênios, não havendo ciclo de Krebs nem cadeia respiratória.
− Na RESPIRAÇÃO ANAERÓBIA, Há ciclo de Krebs e cadeia respiratória, porém O2 não é aceptor final de hidrogênios, mas sim nitratos, sulfatos ou carbonatos
− É realizada por algumas bactérias que vivem em solos profundos, com pouco O2.


Respiração aeróbia
C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O -----------------------6 CO2 + 12H2O + 30 ATP

Fermentação lática
C6H12O6 ------------------------2C3H6O3 + 2ATP + ácido lático

Fermentação alcoólica
C6H12O6 ------------------- 2CO2 + 2C2H5OH + 2 ATP + álcool etilico

RESUMO SOBRE FOTOSSÍNTESE



 A fotossíntese, principal processo autotrófico, é realizada pelos seres que comportam clorofila em suas células (clorofilados), representados por plantas, alguns protistas, bactérias fotossintetizantes e cianobactérias.
 Com exceção das bactérias fotossintetizantes, os demais seres usam na fotossíntese o gás carbônico (CO²) e a água (H²O), formando carboidratos e gás oxigênio (O²), o qual é liberado para o meio.
• A fotossíntese e tornou possível devido à presença de clorofila,– nas cianobactérias – dispersa no citoplasma e – nos eucariontes – nos cloroplastos.
Resumidamente, é  a transformação de energia luminosa, gás carbônico (CO²) e a água (H²O) em energia de energia química contida em carboidratos através da ação da clorofila liberando gás oxigênio (O²) para o meio
• Os seres que a realizam fotossíntese são conhecidos como autotróficos.
• Importância: seres autótrofos são a base da cadeia alimentar e também fornecem o oxigênio presente na atmosfera.
“Todos os organismos fotossintetizantes são autotróficos, mas nem todos os autotróficos são fotossintetizantes.”

PRODUÇÃO DE ALIMENTO NA FOTOSSÍNTESE:
- As plantas, seres fotossintetizantes são capazes de “tirar proveito da luz, utilizando a energia radiante para converter as moléculas simples de Gás Carbônico (CO2) e água (H2O) – em moléculas orgânicas complexas, a GLICOSE (C6H12O6) que podem ser utilizadas igualmente por plantas e animais como fonte de energia e de moléculas estruturais.
- libera o Gás Oxigênio (O2) para o ar que respiramos, que exerce um papel importante na respiração celular.

IMPORTÂNCIA DA FOTOSSÍNTESE
 Sem a fotossíntese, não existiria vida em nosso planeta, pois é através dela que se inicia toda a cadeia alimentar. Daí a grande importância das plantas, vegetais verdes e alguns outros organismos.
 A medida em que a planta produz glicose ela elimina oxigênio, e sem oxigênio é impossível sobreviver.
* Nos organismos mais simples, como as cianobactérias, a fotossíntese ocorre no hialoplasma, que é onde se encontram diversas moléculas de clorofila, associadas a uma rede interna de membranas, que são extensões da membrana plasmática.
CLOROPLASTOS
Cloroplastos são organelas presentes nas células de algas verdes, algas azuis e nos vegetais superiores, além  de outros organismos que realizam fotossíntese como, por exemplo, alguns protistas.
Características:
 São limitados por uma espécie de envelope formado por duas membranas lipoprotéicas.
 Possuem DNA, RNA e ribossomos. Logo, apresentam a capacidade de realizar o processo de sintetização de proteínas, além de multiplicarem-se.
 Possuem cor verde em função de predominantemente clorofilas (clorós = verde);
 Clorofila absorve luz: comprimentos de onda azul, violeta e também no vermelho
 Clorofila reflete a luz verde

A clorofila e os pigmentos acessórios
Clorofila: Anel complexo com um átomo de Magnésio no centro e uma cadeia carbônica hidrofóbica.
Função: Absorção de energia luminosa
Dois tipos:  Clorofila a (3/4) e  Clorofila b (1/4)
Absorvem luz azul e vermelha preferencialmente
Pigmentos acessórios: Absorvem os fótons de comprimento de onda que a clorofila não consegue absorver.  Ex ß (beta) caroteno,   Ficoeritrina e  Ficocianina

O QUE É FOTOSSÍNTESE?
Equação Geral:
6 CO2 + 12 H2O-----------------------C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O

3 Co²+ 6 H²O luz e clorofila C³H⁶O³+ 3 O² + 3 H²O

 Essa equação mostra que, na presença de luz e clorofila, gás carbônico e a água são usados na produção de uma triose (carboidrato), gás oxigênio e água. Duas trioses unidas formam a glicose, por isso é comum representar a glicose com um dos produtos da fotossíntese.
A fotossíntese ocorre em duas grandes etapas, que envolvem várias reações químicas: a primeira é a fase clara (também chamada de fotoquímica) e a segunda é a fase escura (também conhecida como fase química).
Em linhas gerais, os eventos principais da fotossíntese são a absorção da energia da luz pela clorofila; a redução de uma aceptor de elétrons chamado NADP, que passa a NADPH2; a formação de ATP e a síntese de glicose.

Fase fotoquímica (fase clara ou luminosa) - Quebra da água e liberação de oxigênio
Ocorre na membrana dos tilacóides e dela participam um complexo de pigmentos existente nos grana, aceptores de elétrons, moléculas de água e a luz. Como resultado desta fase temos a produção de oxigênio, ATP (a partir de ADP + Pi) e também a formação de uma substância chamada NADPH2; Tanto o ATP quanto o NADPH2; serão utilizadas na fase escura.
Acontecimentos marcantes da fase clara são as chamadas fotofosforilações cíclica e acíclica.
Na fotofosforilação cíclica, ao ser atingida pela luz do Sol, a molécula de clorofila libera elétrons. Esses elétrons são recolhidos por determinadas moléculas orgânicas chamadas aceptores de elétrons, que os enviam a uma cadeia de citocromos (substâncias associadas ao sistema fotossintetizante e que são assim chamadas por possuírem cor). Daí os elétrons retornam à clorofila.
• Dependente de luz – doa energia para a célula.
• Ocorre nas membranas dos tilacóides
→ unidades funcionais (fotossistemas)
→ clorofila a e b + pigmentos acessórios + aceptores de elétrons + enzimas.
• Fotossistemas diferem quanto a capacidade de absorção de luz,
– PS I: 700 nm,
– PS II: 680 nm.
• Etapas da fase clara:
– Fotofosforilação cíclica (PS I), e
– Fotofosforilação acíclica (PS I e PS II).

Fase química/ Etapa Enzimática (fase escura) - Produção de Glicose
A energia contida nos ATP e os hidrogênios dos NADPH2, serão utilizados para a construção de moléculas  de glicose. A síntese de glicose ocorre durante um complexo ciclo de reações (chamado ciclo das pentoses ou ciclo de Calvin-Benson), do qual participam vários compostos simples. Durante o ciclo, moléculas de CO2 unem-se umas às outras formando cadeias carbônicas que levam à produção de glicose. A energia necessária para o estabelecimento das ligações químicas ricas em energia é proveniente do ATP e os hidrogênio que promoverão a redução dos CO2 são fornecidos pelos NADPH2.
Produção de açúcares a partir de CO2
Local de ocorrência: Estroma do Cloroplasto
Fase escura: Conceito errôneo! A fase enzimática ocorre também na presença de luz.
A fase enzimática utiliza ATP e NADPH produzidos nos tilacóides durante as reações luminosas (Etapa fotoquímica)

Resumindo o Ciclo de Calvin...
O ciclo começa com a reação de uma molécula de CO2 com um açúcar de cinco carbonos conhecido como ribulose difosfato catalisada pela enzima rubisco (ribulose bifosfato carboxilase/oxigenase, RuBP), uma das mais abundantes proteínas presentes no reino vegetal.
Forma-se, então, um composto instável de seis carbonos, que logo se quebra em duas moléculas de três carbonos (2 moléculas de ácido 3-fosfoglicérico ou 3-fosfoglicerato, conhecidas como PGA). O ciclo prossegue até que no final, é produzida uma molécula de glicose e é regenerada a molécula de ribulose difosfato.
6 CO2 + 12 NADPH2 + 18 ATP → C6H12O6 + 12 NADP + (18 ADP + 18 Pi) + 6 H2O
• São realizados 6 ciclos pra formação de uma glicose, portanto, a cada ciclo são gastos 3 ATPs
Dividido em 3 etapas:
Fixação de CO2
Produção de Açúcares
Regeneração da RuBP (Ribulose Bifosfato)

Fatores limitantes da fotossíntese
Fatores intrínsecos
• Disponibilidade de clorofila,
• Disponibilidade de enzimas e cofatores.

Fatores extrínsecos
• Concentração de gás carbônico,
• Temperatura,
• Comprimento de onda da luz (violeta/azul, vermelha),
• Intensidade luminosa.

Fotossíntese em bactérias
Bactérias Púrpuras do Enxofre (Sulfobactérias)
Realizam um tipo de fotossíntese em que a substância doadora de elétrons não é     a água, mas sim o gás sulfídrico (H2S). Neste processo há produção de enxofre e não gás oxigênio.
São anaeróbias estritas pois o O2 inibe a produção de pigmentos fotossintéticos.
CO2 + 2 H2S + Luz →CH2O + 2 S + H2O

Quimiossíntese
Bactérias quimioautotróficas
Realizam oxidação de compostos inorgânicos como fonte de energia para a síntese de substâncias orgânicas a partir do CO2
CO2 + H2O + Energia → Compostos Orgânicos + O2

E AS PLANTAS CARNÍVORAS?
 Na natureza existem algumas plantas que vivem em solos pobres em nutrientes. Por esse motivo, elas precisam complementar a alimentação capturando alguns seres vivos e absorvendo os nutrientes dele. É o caso das plantas carnívoras.
 No entanto, as plantas carnívoras ainda necessitam realizar a fotossíntese, pois os nutrientes que a planta drena do animal ingerido é apenas um complemento para o seu sustento.



quarta-feira, 12 de junho de 2019

RESUMO SOBRE SISTEMA NERVOSO



Introdução
O surgimento do sistema nervoso está associado ao aumento da complexidade e do tamanho dos animais.
Atua na coordenação das múltiplas atividades do organismo, na integração das diversas partes do corpo e na percepção de estímulos.
A forma como o sistema nervoso age envolve mecanismos eletroquímicos, podendo iniciar ou interromper uma determinada ação.

Componentes do Sistema Nervoso
• O tecido nervoso está constituído por três tipos de células que são diferentes estrutural e funcionalmente: Neurônios, que transmitem impulsos nervosos; Lemócitos que formam um envoltório segmentado ao redor dos processos de vários neurônios e Neuroglia (células gliais), que se especializam como um tecido de suporte entre os neurônios.

Neurônio
• O neurônio é o componente fundamental estrutural e funcional do sistema nervoso.
• Ele possui a capacidade de responder a estímulos originando e conduzindo sinais elétricos.

Estrutura de um Neurônio
• Cada neurônio está formado por um corpo celular, por prolongamentos: dendritos e os axônios.
• De acordo com a terminologia clássica, dendritos são processos neuronais que conduzem sinais elétricos para o corpo celular; um axônio é o prolongamento neuronal que conduz os impulsos do corpo celular.

corpo celular: centro de controle, onde se localiza o núcleo e as organelas celulares.

dendritos: prolongamentos curtos e ramificados, responsáveis pela recepção de estímulos. A zona dendrítica é a porção receptora do neurônio, onde os sinais elétricos se originam.

axônio: prolongamento único com ramificações na extremidade livre, responsável pela transmissão de impulsos. O axônio ou fibra nervos, é a porção condutora de um neurônio, isto é , a parte que transmite os impulsos elétricos.

Observação
Geralmente o axônio é revestido pela bainha de mielina, formada pelas células de Schwanque atua como um isolante elétrico, e possibilita propagação do impulso nervoso de forma mais rápida.
A bainha de mielina apresenta estrangulamentos denominados nódulos de Ranvier.

Tipos de neurônios
• Os neurônios podem ser classificados de acordo com sua forma e estrutura, e de acordo com sua função - isto é papel que eles desempenham no sistema nervoso.

Classificação de acordo com a estrutura
Neurônio bipolar: apresenta dois prolongamentos, cada qual partindo de uma extremidade do corpo celular. Existem poucos exemplos deste tipo de neurônio no corpo.
Neurônio pseudo-unipolar: é formado durante o desenvolvimento embrionário quando dois prolongamentos de certo tipo de neurônios bipolares se unem de tal maneira que um só prolongamento se origina do corpo celular.
Neurônio multipolar: é o tipo mais comum de neurônio apresenta um prolongamento longo que se origina do corpo celular e funciona como um axônio; os numerosos outros que se
originam do corpo celular funcionam com dendritos.

Classificação de acordo com a função

Aferentes ou sensoriais: transmitem o impulso nervoso de diversas partes do corpo para os centros nervosos (encéfalo e medula espinhal).
Eferentes ou motores: transmitem o impulso nervoso dos centros nervosos para os músculos, glândulas e vísceras.
Interneurônios ou de associação: transmitem o impulso nervoso entre neurônios aferentes e eferentes.

Sinapses
Comunicação de um neurônio com outra célula (outro neurônio, uma célula muscular, uma célula glandular, etc...), através da liberação de mediadores químicos (neurotransmissores) na extremidade livre do axônio em um pequeno espaço entre as células (fenda sináptica).
Os principais neurotransmissores são: acetilcolina, noradrenalina, serotonina, dopamina, ácido gamaminobutírico (GABA)

Tipos de sistema nervoso

Difuso: constitui-se por uma rede de neurônios que se comunicam entre si por pontes citoplasmáticas, onde o impulso nervoso se propaga em todas as direções (ex: cnidários).

Centralizado: constituído por centros de controle (massas de células nervosos) de onde partem nervos para diversas partes do corpo.

Ganglionar ventral: apresenta vários centros de controle ao longo do corpo (ex: anelídeos, artrópodes e moluscos).

Tubular dorsal: caracteriza-se pela presença de um encéfalo desenvolvido e uma medula espinhal, geralmente protegidos por estruturas ósseas ou cartilaginosas (ex: cordados).

O organismo humano, composto por bilhões de células, possui dois sistemas que atuam principalmente como meios de comunicação interna entre as células: o sistema nervoso e o sistema endócrino.

SISTEMA NERVOSO HUMANO

Sistema Nervoso Central (SNC)
• Consiste do encéfalo e da medula espinhal.
Ele está completamente envolvido por estruturas ósseas - o encéfalo na cavidade craniana e a medula espinal no canal da coluna vertebral.
•O sistema nervoso central é o centro integrador e controlador dos sistemas orgânicos. Ele recebe impulsos sensitivos do sistema nervoso periférico e formula respostas para esses impulsos.
Protegido pela caixa craniana e pelas vértebras, também é revestido por meninges (dura-máter, pia-máter e aracnóide), banhado pelo líquido cefalorraquidiano (líquor) e composto pelo encéfalo e medula espinhal

Obs.: em casos de infecções (meningites), verifica-se no líquor, grande quantidade de glóbulos brancos, ou mesmo a presença de bactérias.

Encéfalo
Apresenta uma substância cinza periférica (formada por corpos celulares de neurônios) e uma substância branca interna (formada por axônios de neurônios).

Formado por:

Cérebro – controle da atividade voluntária, interpretação de estímulos recebidos, memória, aprendizagem, raciocínio, linguagem falada e escrita, emoções.

Hipotálamo – fome, sede, controle da temperatura corporal, impulso sexual

Cerebelo – coordenação motora (andar, engolir, tocar piano, etc...), e manutenção do equilíbrio.

Tronco encefálico (ponte e bulbo) – controle da frequência respiratória, frequência cardíaca,
pressão arterial, atividades gastrointestinais,...

Medula espinhal
Apresenta uma substância branca periférica (axônios de neurônios) e uma substância cinza interna (corpos celulares de neurônios)
Atua como via de passagem de informações do encéfalo para a periferia e da periferia para o encéfalo.
Apresenta uma raiz dorsal (nervos sensoriais) e uma raiz ventral (nervos motores)

Arco-reflexo
Resposta a um determinado estímulo sem a participação da consciência.

Sistema Nervoso Periférico (SNP)
• O sistema nervoso periférico está formado pôr todas as estruturas localizadas fora do sistema nervoso central.
Especificamente:
• Nervos que conectam as partes do corpo e seus receptores com o sistema nervoso central
• Gânglios (grupo de corpos de células nervosas) associados aos nervos.
• O sistema nervoso periférico inclui 12 pares de nervos cranianos, que se originam do cérebro e do tronco do encéfalo, e 31 pares de nervos espinais, que se originam da medula espinal e deixam o canal vertebral através dos forames intervertebrais.
• Os pares de nervos espinais incluem 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares e 1 nervo coccígeo.
• O sistema nervoso periférico pode ser funcionalmente dividido em um componente aferente (sensitivo) e um
componente eferente (motor).
• O componente aferente inclui células nervosas sensitivas somáticas que levam impulsos ao sistema nervoso central a partir de receptores localizados na pele, fáscia, e ao redor das articulações, e células nervosas sensitivas viscerais, que levam impulsos das vísceras do corpo para o sistema nervoso central.

Componente Eferente
• O componente eferente está dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo.

Sistema Nervoso Somático
• Também é denominado sistema nervoso voluntário por que a sua função motora pode ser controlada conscientemente. Ele inclui células nervosas motoras somáticas, que levam impulsos do sistema nervoso central para os músculos estriados esqueléticos. Formado por neurônios sensoriais e motores (os neurônios motores controlam os músculos esqueléticos)

Sistema Nervoso Autônomo
• O sistema nervoso autônomo - ou sistema nervoso involuntário - está composto por células nervosas motoras viscerais, que transmitem impulsos para músculos cardíaco, liso e glândulas. Os impulsos motores viscerais normalmente não podem ser controlados conscientemente.
• O sistema nervoso autônomo pode ser funcionalmente subdividido em parte simpática e parassimpática.
Formado por neurônios motores que controlam músculos lisos, músculo cardíacos e glândulas

OBS:
O sistema nervoso autônomo é dividido em simpático e parassimpático, e apresentam ações antagônicas
O neurotransmissor do sistema nervoso simpático é a noradrenalina, e do sistema nervoso parassimpático é a acetilcolina

sábado, 8 de junho de 2019

RESUMO SOBRE SISTEMA DIGESTÓRIO


Objetivo principal da digestão:

Transformar moléculas grandes e complexas em moléculas simples, pequenas e solúveis.

 A digestão no homem

Boca: Desembocam canais das glândulas salivares. O alimento é mastigado e misturado a saliva, que contém uma amilase a ptialina. Inicia-se o desdobramento das moléculas de amido.

Esôfago: Por deglutição o alimento passa para o esôfago. Fortes contrações da musculatura circular (peristalse). Empurra o alimento para a abertura do estômago, a cárdia.

Estômago: A contrações continuam. O alimento se mistura ao suco gástrico.

Suco gástrico: Solução clara muito ácida pela presença de ácido clorídrico ( função anti-séptica - evita putrefações causadas por bactérias ingeridas com os alimentos). O alimento transforma-se numa substância chamada Quimo. Sai pela válvula de saída o piloro.

Duodeno: O pâncreas libera o suco pancreático, que é lançado no duodeno. ( rico em bicarbonato, neutraliza a acidez). Também há a liberação da bile, produzida pelas células hepáticas e armazenada na vesícula biliar. Ela chega ao duodeno pelo canal colédoco e atua sobre o quimo como uma espécie de detergente, emulsionando gorduras, facilmente atacadas pelas lipases do suco pancreático e do suco entérico (intestinal).
A bile também tem função laxativa e estimulante da lipase pancreática, garantindo boa absorção das vitaminas solúveis.

Intestino delgado: O suco entérico   contém várias glucidases, como a lactase, maltase, sucrase... 
Os produtos finais da digestão ficam em  condições de serem absorvidos pelas mucosas do intestino.  As vilosidades respondem pela absorção seletiva  das substâncias simples recolhidas pela rede de capilares  sangüíneos e linfáticos. Do intestino, o sangue rico em nutrientes é levado pelas veias para o fígado, o qual metaboliza as substâncias tóxicas absorvidas (função anti-tóxica).

Intestino grosso: A principal função do cólon é reabsorver a maior quantidade possível de água. O material passa para o reto com fezes semi-sólidas contendo um grande número de bactérias da flora intestinal. Finalmente  a expulsão das fezes se processa por abertura do esfíncter anal, um músculo circular.

Secreção
Enzimas
Substrato
Local da ação
Saliva
Amilase (ptialina)
Amido
Boca
Suco gástrico
Pepsina
Proteína
Estômago
Lipase
Gorduras
Suco pancreático
Amilase
Amido
Duodeno
tripsina
Proteína
Lipase
Gorduras
Suco entérico
Sacarase
Sacarose
Intestino delgado
Lactase
Lactose
Maltase
Maltose
Peptidases
Peptídeos
Lipases
Gorduras


Regulação da digestão - Sabemos que a secreção dos diversos sucos digestivos pode ser estimulada por ação nervosa ou hormonal .

Hormônio
Local de produção
Órgão-alvo
Função
Gastrina
estômago
estômago
Estimula a produção de suco gástrico.
Secretina
intestino delgado
pâncreas
Estimula a liberação de bicarbonato.
Colecistocinina
intestino delgado
pâncreas e vesícula biliar
Estimula a liberação da bile pela vesícula biliar e a liberação de enzimas pancreáticas.
Enterogastrona
intestino delgado
estômago
Inibe o peristaltismo estomacal e a produção de gastrina.

Sistema Tegumentar

  O sistema tegumentar é composto por pele e anexos (pelos, unhas, glândulas sudoríparas, sebáceas e mamárias). A pele é formada por epiderm...