1- Estruturas do sistema renal:
O sistema renal consiste em: rins, ureteres,
bexiga e uretra. Os néfrons são a unidade funcional do sistema renal, e ficam
nos rins.
O líquido tubular é um ultrafiltrado de
plasma, sendo formado no glomérulo renal.
O filtrado glomerular passa sucessivamente
pela capsula de Bowman, túbulo proximal, alça de Henle, túbulo distal, segmento
de conexão e ducto coletor.
Os rins
recebem cerca de 20% do débito cardíaco. O sangue entra no rim pela artéria
renal e, após várias divisões, chega ao glomérulo.
Os
ureteres se originam no hilo renal e conduzem a urina do rim até a bexiga. A
bexiga é um órgão distensível. Esta se distende até um grande volume, porém sem
gerar muita tensão.
A uretra se estende da bexiga até a superfície
do corpo.
2- Função do sistema de eliminação:
Os rins
procuram contrabalancear a excreção de substâncias contra o acúmulo decorrente
da ingestão ou de produção.
O
filtrado, geralmente não deve conter células ou proteínas de alto peso
molecular, como hemácias, células de defesa, glicose, etc. O processo de
reabsorção aumenta a conservação de glicose, de peptídeos e eletrólitos.
Quando há excesso de produção de ácido pelo
corpo o pH da urina é ligeiramente ácido para manter o corpo em pH constante.
As excretas da urina incluem H+, amônio, fosfato e sulfato.
3- Regulação da função Renal:
3.1- Feed Back Tubologlomerular:
O
controle intrarrenal ocorre por feed back tubologlomerular, onde a quantidade
de Na e de Cl que chega ao túbulo distal serve como um sinal para o controle
por feed back negativo da filtração glomerular. Logo, a oferta de NaCl, no
túbulo distal, é proporcional à filtração glomerular.
A
redução da oferta de Na+ e Cl- dilata a arteríola aferente, aumentando a
pressão capilar glomerular, estimulando assim a liberação de renina por estas,
levando a formação intrarrenal de angiostensina II. A angiostensina II contrai
as arteríolas eferentes, aumentando, assim, a pressão capilar glomerular,
restaurando a liberação de Na+ ou Cl- para o túbulo distal.
A baixa
da pressão arterial produz diminuição da filtragem glomerular e do fluxo
sanguíneo renal. A baixa da filtragem glomerular, por sua vez, produz dilatação
arteriolar mediada pelo feedback tubuloglomerular, restaurando, assim, a
filtração glomerular, aumentando, também, o fluxo sanguíneo renal.
Consequentemente, a regulação da filtragem glomerular também produz a
auto-regulação do fluxo sanguíneo renal.
3.2- Controle Neural e Hormonal:
O
controle neural ocorre, predominantemente, por constrição, através do sistema
nervoso simpático. Estes são ativados por sinais reflexos provenientes dos
baroceptores arteriais de alta pressão e receptores cardiopulmonares de baixa
pressão. O aumento da atividade simpática renal contrai a arteríola eferente,
diminuindo assim o fluxo sanguíneo renal e consequentemente a filtração
glomerular.
Além
disso, os nervos simpáticos são um dos fatores que controlam a liberação de renina
e o ADH (quando há redução de volume sanguíneo), reduzindo, assim, a perda de
líquidos em curto prazo.
A
angiostensina II contrai, preferencialmente a arteríola eferente, mantendo a
filtragem glomerular, mesmo quando a pressão arterial se encontra baixa. O
bloqueio da formação de angiostensina II em quadros patológicos específicos
pode causar insuficiência renal.
4- Excreção:
A
produção de urina é relativamente constante. Sua produção é aumentada por
atividade nervosa parassimpática e diminuída por atividade nervosa simpática.
A ativação de nervos aferentes de dor nos
ureteres inicia um reflexo ureterorrenal que diminui a produção de urina.
A atividade parassimpática sobre o músculo detrusor
da bexiga produz contração, já que o músculo liso do esfíncter interno se
encontra contraído.
As principais substâncias excretadas são: ureia,
creatinina e Ac. Úrico.
Conforme há o enchimento da bexiga, a
tensão da parede atinge seu limiar, iniciando o reflexo de micção. A micção só
ocorre, porém, após o esfíncter externo se relaxar voluntariamente. A micção é
ainda facilitada com a contração abdominal que comprime ainda mais a parede da
bexiga.
5- Importância dos Rins no Controle dos Líquidos
Corporais:
Controle do PH e Hidroelétrolítico.
6- Quatro Pontos Principais:
6.1- As trocas capilar-glomérulo dependem do
controle pelo sistema nervoso simpático da resistência da arteríola aferente e
do controle, pela angiostensina II, da resistência da arteríola eferente.
6.2- A depuração da insulina permite uma medida não
invasiva da filtração glomerular, como, também, variações da concentração
plasmática de creatinina.
6.3- A regulação intrínseca da função renal é
produzida pelo feed back tubuloglomerular, pelo o qual o controle por feed back
negativo da filtração glomerular ajuda a manter a oferta constante de NaCl ao
túbulo distal.
6.4- A regulação extrínseca da produção de urina é
dada por nervos simpáticos renais e pelos hormônios angiostensina II,
aldosterona e ADH e pela pressão arterial